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Em nova polêmica, Jorge Alberto de Oliveira Marum escreveu em sua rede social que jovem morto pelo pai por discordância sobre ocupações era “vagabundo” e que “não precisava tanto, era só cortar a mesada”.
Por Redação
O promotor de Justiça Jorge Alberto de Oliveira Marum, em sua página no Facebook, comentou sobre a morte de Guilherme Silva Neto, de 20 anos, assassinado pelo pai por discordâncias sobre as ocupações estudantis. “Não precisava tanto. Era só cortar a mesada do vagabundo e chorar no banho”, escreveu.
Não é a primeira vez que o promotor e também professor da Faculdade de Direito de Sorocaba faz declarações polêmicas em sua rede social. Em 2015, ao comentar o tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), “Violência contra a mulher no Brasil”, o promotor declarou que “mulher nasce uma baranga francesa que não toma banho, não usa sutiã e não se depila” e que então “só depois é pervertida pelo capitalismo opressor e se torna mulher”. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), na época, emitiu nota de repúdio às declarações de Marum.
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Para o presidente da subseção de Sorocaba da OAB, Marcio Rogério Dias, as ocupações nas escolas são expressões da livre manifestação garantida pela democracia e que, se dentro do respeito as vias legais, é licita. Ainda de acordo com Dias, participar de movimentos ou ocupações não tornaria ninguém vagabundo ou criminoso, “nosso pensamento é de que as ocupações, sem obstruir o direito de outros e sem menosprezo ao trabalho policial, são lícitas. O que não se pode aceitar é depredação e baderna”, explica.
Foto: reprodução