Propagador de fake news, Allan dos Santos diz que "analfabetismo funcional" de brasileiros impede com que entendam notícias de seu site

O blogueiro se diz “perseguido” por sites de checagem de notícias. Sobre as matérias confirmadas como falsas, ele atribui a terceiros as fake news e diz que falta interpretação ao leitor

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Em depoimento nesta terça-feira (5) à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News, o blogueiro Allan dos Santos, do Terça Livre, alegou que o país vive uma "crise intelectual" e que "analfabetismo funcional" impede com que brasileiros entendam notícias de seu site. O blogueiro é acusado de controlar a milícia virtual do presidente Jair Bolsonaro (PSL-RJ) e de disparar fake news nas redes sociais. Acompanhe ao vivo. A relatora da comissão, Lídice da Mata (PSB-BA), questionou o blogueiro sobre diversas fake news veiculadas no Terça Livre. A falsa venda de uma reserva indígena para empresa estrangeira e a falsa ligação de uma quadrilha na Bahia a Fernando Haddad foram algumas das notícias questionadas pela relatora. Ela ainda mencionou o suposto infarto do jornalista Glenn Greenwald por consumo de cocaína e o envolvimento do cantor Roger Waters, do Pink Floyd, em um esquema de corrupção ligado ao PT. Conforme informou Lídice da Mata, todas essas informações foram desmentidas por empresas de checagem. Allan dos Santos então retrucou dizendo ser um problema de "analfabetismo funcional" e defendeu que o jornalista não deve ser condenado por divulgar a notícia, mas sim a fonte que repassou a informação. Allan ainda disse se sentir perseguido pelas empresas de checagem e cita o site Aos Fatos, que investiga declarações e notícias de figuras públicas para averiguar sua veracidade. As acusações contra o blogueiro partiram de diversos deputados, como Alexandre Frota (PSDB-SP). O requerimento para que o blogueiro prestasse esclarecimentos na comissão foi feito por Rui Falcão (PT-MG).