Protocolado na Alesp pedido de impeachement contra o governador Geraldo Alckmin

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Apesar de não ser o primeiro pedido de impeachment contra o governador - o deputado Carlos Gianazzi (PSOL) já havia oficializado um em 2014 -, funcionários da Assembleia Legislativa se surpreenderam com a iniciativa de um empresário, que pede o afastamento do tucano por descumprir decisão judicial sobre a chamada 'reorganização escolar' Por Ivan Longo [caption id="attachment_79635" align="alignleft" width="364"]gini Felipe protoclando o pedido de impeachment no plenário da Assembleia (Foto: Reprodução/Facebook)[/caption] Foi protocolado na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), nesta terça-feira (1), um pedido de impeachment contra o governador Geraldo Alckmin (PSDB). Ainda que não seja a primeira vez que o tucano é alvo de um pedido de afastameto - em outubro de 2014 o deputado estadual Carlos Gianazzi havia oficializado uma solicitação parecida -, funcionários administrativos da Alesp ficaram surpresos com a iniciativa do empresário Felipe Gini, que escreveu o pedido com a ajuda de um advogado. "Me mandaram para uma área de protocolos e o pessoal, quando viu do que se tratava, se reuniu e começou a falar 'meu deus, finalmente!'", revelou o empresário. De acordo com Felipe, um secretário, então, o encaminhou até a mesa do plenário, que estava vazio, onde o pedido foi carimbado. O argumento para que Alckmin sofra um processo de impeachment, pelo pedido, é que ele teria descumprido a lei federal que garante o livre direito a manifestação quando reprimiu estudantes que ocupavam escolas que seriam fechadas e por ter, supostamente, descumprido uma ordem judicial de interromper a chamada 'reorganização' escolar. De acordo com o Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo, a Apeoesp, o governador vem promovendo uma 'reorganização escolar disfarçada' e fechando salas de aula. "A presente demanda tem o intuito de apurar e impor sanções ao governador do Estado de São Paulo pela prática de crimes de responsabilidade no exercício do atual mandato, em virtude do desrespeito ao livre direito de manifestação, descumprimento de ordem judicial e descumprimento de lei federal, todos relacionados com a denominada "'reorganização escolar'", diz trecho do pedido. Ainda que o pedido dificilmente seja analisado - isso dependeria da decisão do presidente da Casa, Fernando Capez, que é do mesmo partido que o governador -, Gini disse que preferiu não o personificar em nenhum deputado para que ele não fosse imediatamente colocado em votação e, naturalmente, reprovado. A ideia, à princípio, era de ser um gesto mais simbólico. Mas só à princípio. "À priori foi simbólico, sim. Mas o rebuliço foi tão grande que me pergunto se isso [o impeachment] está tão longe assim", afirmou. Foto: Agência Senado