“PSDB tentou transformar investigação policial em política”, diz Cardozo sobre "trensalão"

Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo chegou a classificar com “risível” reclamação tucana

Ministro da Justiça entende que reclamação tucana é "risível" (Foto: Marcelo Camargo_ABr)
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Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo chegou a classificar com “risível” reclamação tucana Por Redação [caption id="attachment_36966" align="alignleft" width="300"] Ministro da Justiça entende que reclamação tucana é "risível" (Foto: Marcelo Camargo_ABr)[/caption] Após saber que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, encaminhou à Polícia Federal documento para colaborar com as investigações sobre o cartel de trens paulistas em São Paulo, o PSDB reclamou. Com Aécio Neves à frente, o partido chegou a pedir a demissão do ministro, que afirmou que os tucanos estão tentando “transformar investigação policial em política”, em entrevista à Rádio Estadão, nesta quarta-feira (27). O documento enviado por Cardozo é uma carta que o ex-diretor da Siemens, Everton Reinheimer, encaminhou a seu ombudsman, em 2008, denunciando a formação de cartel para fraudar licitações do governo paulista. O documento, em inglês, teve uma versão em português anexada. Os tucanos reclamaram da tradução. "O ministro passou a agir como operador do submundo. Ele deveria saber que o que fez foi uma indignidade", afirmou o secretário de Energia de São Paulo, José Aníbal, na última terça-feira (26). "Há outras partes, eu diria, mais substantivas do ponto de vista informativo, que estavam nesse documento. Pode parecer, ao meu ver, algo até risível. Você recebe um amplo material de investigação, alguém sem saber quem mandou oficialmente diz que houve adulteração. Se não se sabe quem mandou, como é que pode adulterar? É uma tentativa de fazer uma confusão para a opinião publica, que eu lamento", afirmou o ministro à Rádio Estadão. Aníbal é citado nas investigações do esquema conhecido como “trensalão”, em que empresas fraudaram licitações para manutenções de trens da CPTM e do Metrô de São Paulo. Outros importantes quadros do PSDB também são citados, como o o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), cotado para ser vice na chapa presidencial de Aécio, além do chefe da Casa Civil de Geraldo Alckmin, Edson Aparecido.