A executiva nacional do PT decidiu iniciar nesta segunda-feira (27) uma ofensiva contra o governo Jair Bolsonaro na Justiça, o ex-ministro Sergio Moro e a deputada Carla Zambelli (PSL-SP).
No Supremo Tribunal Federal, o comando do partido decidiu apoiar o mandado de segurança coletivo que a oposição prepara contra a nomeação de Alexandre Ramagem para diretor-geral da Polícia Federal.
Nesta segunda, o deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG) ingressou com uma notícia-crime contra Moro e Bolsonaro no STF, com base nas denúncias de Moro. Na entrevista em que anunciou que deixaria o governo, ele acusou Bolsonaro de interferir em investigações da Polícia Federal para proteger familiares e aliados.
A executiva nacional também orientou deputados estaduais e presidentes de diretórios locais a entrarem com ações populares em primeira instância contra as nomeações do novo ministro da Justiça e do novo diretor da PF.
Carla Zambelli deverá ser alvo de outra notícia-crime no STF, sob a acusação de tráfico de influência e advocacia administrativa, pelas mensagens trocadas com Moro, em que propôs ao ex-ministro que ele aceitasse a mudança na PF e, como recompensa, fosse indicado ao STF.
O PT também prepara uma representação ao conselho de ética da Câmara contra Zambelli. No entanto, o PSOL já entrou nesta segunda com um pedido de cassação da deputada. Moro não aceitou a proposta, segundo as mensagens que ele apresentou.
Na área da saúde, o partido decidiu adicionar à ação que já iniciou no STF pedindo a realização de mais testes da doença, e não apenas em pacientes graves, que a Justiça impeça o governo de indicar ou promover o uso de medicamentos cuja eficácia não tenha sido comprovada, em referência à cloroquina.
Com informações do jornal Folha de S.Paulo