Putin defende asilo a Snowden e ataca EUA: “assustaram tanto todo mundo”

Presidente russo afirmou que houve tentativas de negociações pela extradição, mas que foram ignoradas pelos americanos

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Presidente russo afirmou que houve tentativas de negociações pela extradição, mas que foram ignoradas pelos americanos

Por Redação

[caption id="attachment_30464" align="alignleft" width="209"] Para Putin, EUA "assustaram todo mundo" (Foto: Roosewelt Pinheiro/ABr)[/caption]

Vladimir Putin, presidente russo, atacou os EUA ao defender o asilo concedido a Edward Snowden, ex-agente da Agência Nacional de Segurança (NSA) por seu país. "Nós não o convidamos a vir à Rússia, mas seus compatriotas assustaram tanto todo mundo que não era possível fazer mais nada, não dava para agir diferente". A declaração foi dada a um jornalista americano em São Petersburgo, nesta sexta-feira (06).

Ainda na mesma entrevista, Putin afirmou que tentou negociar a extradição com os americanos, mas não teve sucesso. “Nós nos propusemos a discutir isso várias vezes, mas eles disseram: ‘Não, nos entregue o criminoso.’”

Espionagem

Edward Snowden revelou um amplo esquema de espionagem americano, através da Agência Nacional de Segurança dos EUA. O monitoramento de mensagens e conversas de governos de outros países chegou até o Brasil.

No último domingo, o programa “Fantástico”, da Rede Globo, afirmou que documentos “ultrassecretos” mostram a presidenta Dilma Roussef e seus principais assessores como alvos principais de espionagem americana.

Dilma afirmou na manhã desta sexta-feira, que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assumiu responsabilidade “direta” nas investigações sobre as denúncias da espionagem feita pela NSA (Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos) contra o governo brasileiro e que uma resposta sobre os fatos será dada pelo americano até a próxima quarta-feira (11)

Após o encontro dos presidentes de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que formam o Brics, que também se reuniram em uma agenda paralela à Cúpula do G20, em São Petersburgo, o secretário de imprensa da presidência russa, Dmitry Peskov, afirmou que a espionagem americana se configura em uma “manifestação de terrorismo.”