O secretário-executivo do Ministério da Saúde, general Eduardo Pazuello, assumiu nesta sexta-feira (15) como ministro interino, depois do pedido de demissão do oncologista Nelson Teich.
O militar é apontado como um dos favoritos do presidente Jair Bolsonaro para comandar a pasta. Pazuello se tornou secretário-executivo a pedido do próprio Bolsonaro, de quem é amigo.
O general era comandante da 12ª Região Militar da Amazônia e ficou conhecido nacionalmente por ter coordenado a Operação Acolhida, que cuidava da entrada de refugiados venezuelanos em Roraima.
Pazuello foi uma imposição de Bolsonaro à equipe que Teich tentava montar. Teoricamente, o militar deveria comandar as operações de logística do ministério, mas acabou por concentrar todas as decisões práticas da pasta. Ele era frequentemente consultado por Teich em questões técnicas, como a falta de respiradores em determinadas regiões do país.
Pazuello é descrito por servidores do ministério como um general “casca grossa” e teria irritado vários integrantes da equipe de Teich. Segundo apuração da revista Veja, Bolsonaro ampliou a indicação de militares para cargos técnicos da Saúde e haveria uma teoria entre os fardados de que a pasta é um antro de corrupção e que eles têm a missão de limpar.