Racismo: seguranças obrigam homem negro a tirar a roupa em revista em supermercado; veja vídeo

A cena se deu na frente de todos os clientes que estavam na loja; a rede atacadista emitiu nota e afirmou que os responsáveis pelo constrangimento foram afastados

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Um homem negro de 56 anos foi humilhado em um mercado na região de central de Limeira (SP). Acusado pelos seguranças do estabelecimento de ter furtado, ele foi obrigado a tirar a sua roupa para provar o contrário.

De acordo com o Boletim de Ocorrência, ele foi abordado por dois seguranças quando saía do Assaí Atacadista. O homem teve que tirar parte de sua roupa na frente de outros clientes que estavam no local para provar que não tinha roubado.

Segundo a vítima, ela entrou no mercado para verificar o preço de alguns produtos e iria retornar mais tarde.

"Eu tirei a camisa e como não tinha nada, os seguranças ficaram se olhando, como se eu tivesse algo na calça, aí eu acabei abaixando a calça", relatou o homem ao site Rápido no Ar.

Humilhado, o homem foi amparado por outras pessoas que presenciaram a cena. Segundo relatos, a vítima chorava de vergonha. Após o ocorrido, ele registrou um Boletim de Ocorrência pelo crime de Constrangimento ilegal.

Abaixo confira o momento em que o homem foi obrigado a tirar a sua roupa. O vídeo é do site Rápido no Ar.

https://www.youtube.com/watch?v=d9c5HU2cU-s&t=17s

Assaí afirma que afastou seguranças

Por meio de uma nota, a rede Assaí Atacadista afirmou que abriu um procedimento interno de apuração e que manterá contato com o cliente.

“Assim que a companhia recebeu a informação do ocorrido na unidade de Limeira, abriu imediatamente um processo interno de apuração e manterá contato com o cliente para ouvi-lo sobre o ocorrido. Enquanto este processo é feito, os envolvidos na abordagem foram afastados dos seus postos de trabalho. A companhia reforça que não adota nem orienta qualquer forma de abordagem constrangedora a clientes e que tomará todas as providências necessárias tão logo a investigação for encerrada. A Cia fica à disposição das autoridades para esclarecimentos.”