Racismo no esporte. Até quando?

Nesta semana, dois casos de racismo envolvendo atletas brasileiros reacenderam o debate sobre a discriminação racial

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Nesta semana, dois casos de racismo envolvendo atletas brasileiros reacenderam o debate sobre a discriminação racial. O volante do Palmeiras, Arouca, foi alvo de injúria racial no Twitter após clássico contra o Santos. No último domingo (8), foi a vez da seleção brasileira de tênis sofrer discriminação na Argentina Por Guilherme Franco Após a partida entre Palmeiras e Santos, nesta quarta-feira (11), na Vila Belmiro, o volante Arouca foi alvo de injúria racial em sua conta pessoal no Twitter. O jogador, que trocou a equipe da baixada santista pelo alviverde recentemente, recebeu uma mensagem do perfil @mallonne2: "Chupa preto safado, fica nesse time ai de segunda!". O tuíte causou indignação entre os palmeirenses, que passaram a condenar a atitude e criticar a postura do rival. [caption id="attachment_60817" align="aligncenter" width="300"]Torcedor insulta Arouca no Twitter Torcedor insulta Arouca no Twitter[/caption] Foi então que um torcedor palmeirense redirecionou a mensagem para o perfil oficial do Ministério Público de São Paulo, que respondeu solicitando mais informações do usuário para que pudesse encaminhar a denúncia à Ouvidoria do MP. De acordo com o MP, as ofensas já foram encaminhadas para investigação. [caption id="attachment_60818" align="aligncenter" width="300"]O perfil oficial do Ministério Público vai encaminhar as ofensas à Ouvidoria O perfil oficial do Ministério Público vai encaminhar as ofensas à Ouvidoria[/caption] Outro caso lamentável de discriminação racial foi no último dia da série de oitavas de final da Copa Davis entre Brasil e Argentina, no último domingo (8), em Buenos Aires. A quadra montada em Tecnópolis ficou lotada de torcedores argentinos que lançaram insultos à equipe brasileira. João Souza, o Feijão, foi um dos alvos, sendo chamado de macaco pela torcida. “Eu ouvi 'macaco', no comecinho do jogo. Teve 'segura a banana'... Óbvio que, por dentro, eu estava mordido. A vontade era de já parar o árbitro, mas ia tomar vaia, não ia dar pano para manga. É aquilo... macaco não precisa falar, já é racismo forte”, disse Feijão ao canal SporTV, após a partida.