Rappers lançam clipe emblemático em escola ocupada; assista

Issa Paz e Dory de Oliveira nasceram e cresceram na periferia de São Paulo e estudaram em colégios da rede pública. Agora, decidiram voltar ao ambiente escolar para dar apoio aos alunos que protestam contra o modelo educacional imposto pelo governo de Geraldo Alckmin (PSDB). "A letra de Anarquia Plena se encaixa perfeitamente nesse momento histórico que vivemos", conta uma das rappers.

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Issa Paz e Dory de Oliveira nasceram e cresceram na periferia de São Paulo e estudaram em colégios da rede pública. Agora, decidiram voltar ao ambiente escolar para dar apoio aos alunos que protestam contra o modelo educacional imposto pelo governo de Geraldo Alckmin (PSDB). "A letra de Anarquia Plena se encaixa perfeitamente nesse momento histórico que vivemos", conta uma das rappers Por Redação As rappers Issa Paz, de 23 anos, e Dory de Oliveira, de 30, escolheram como cenário para o clipe de Anarquia Plena uma das escolas ocupadas por estudantes em São Paulo. Os jovens protestam contra um novo modelo educacional imposto pelo governo de Geraldo Alckmin (PSDB), que pode levar ao fechamento de 94 escolas no estado, e têm sido reprimidos com violência pela polícia militar. O local não poderia ser mais propício. As duas nasceram e cresceram na periferia de São Paulo e estudaram em colégios da rede pública. Além disso, acumulam outras características que levam à exclusão: são mulheres e homossexuais. A letra forte e impactante da canção mostra a resistência de quem precisa superar dificuldades diárias para quebrar preconceitos. Em entrevista ao blog Cultura de Rua, espaço dedicado ao hip-hop nacional no site da revista Rolling Stone Brasil, Issa falou sobre as motivações para a ideia do clipe. "Eu tive um insight de que a letra de Anarquia Plena se encaixa perfeitamente nesse momento histórico que vivemos quando eu fui até a escola e vi a organização dos alunos. A forma como eles estão vivendo e lutando pelo que acreditam", afirmou. "Anarquia Plena denuncia o Estado e o sistema de educação brasileiro que, ao invés de educar, orientar e desenvolver um senso crítico nos alunos, acaba restringindo o direto de questionar e aliena milhões de jovens. O nosso grande intuito é dar visibilidade para uma luta mais do que legítima”, completou. Assista: