Reino Unido, Espanha, França e Portugal retomam restrições em segunda onda do coronavírus

Países registram alta alarmante de contaminação e adotam quarentenas localizadas, toque de recolher e fechamento de escolas

O presidente francês Emmanuel Macron visita centro médico em Paris, durante pandemia de coronavírus (Foto: Reprodução/Facebook)
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Países europeus anunciaram a retomada de uma série de restrições para o funcionamento de atividades e de medidas de proteção e isolamento em meio a segunda onda da pandemia de coronavírus no continente.

A Organização Mundial de Saúde já tinha alertado para o crescimento dos casos de covid-19 e da contaminação a "taxas alarmantes" na Europa, ainda na semana passada. No últimos dias, depois de quarentenas adotadas na maioria dos países entre março e maio, o relaxamento das medidas autorizado em julho começa, aos poucos, a cair.

O Reino Unido passou nesta terça-feira (22) o seu nível de alerta de 3 para 4, o que significa risco de crescimento exponencial. O número novos casos de covid-19 por dia dobrou e está em quase 4.000, nível registrado em abril.

O primeiro-ministro Boris Johnson ainda tenta evitar um segundo lockdown nacional, embora a medida já tenha sido adotada parcialmente em cidades como Glasgow, Newcastle e Birmingham. Em pronunciamento ao Parlamento nesta terça, ele anunciou um toque de recolher, com fechamento dos restaurantes e bares às 22h, e voltou a pedir que funcionários que puderem voltem a trabalhar de casa.

Também foi retomada a proibição do consumo interno, sendo permitido apenas em mesas externas ou entregas. Estabelecimentos agora podem ser multados ou fechados. Haverá reforço policial e a multa para quem não respeitar isolamento, obrigatório para quem chega de viagem ou testa positivo, sobe para 10 mil libras. A multa por não usar máscara em locais fechados ou transporte também sobe: 200 libras.

A Espanha é outro país que registra alta de casos e decretou um semi-lockdown na capital Madrid, com restrições de entrada e saída. A França colocou 13 das 18 regiões do país em alerta vermelho, o de maior risco, e já fechou 80 escolas pelo registro de contaminação, desde a retomada das aulas, em 1 de setembro.

Portugal estendeu o estado de contingência, um abaixo do de alerta, para todo o país. Antes a medida estava apenas na capital Lisboa. Baixa para 10 o número de pessoas que podem se reunir e há mais controle nos estabelecimentos comerciais. O governo estuda estender o uso de máscara obrigatório para vias públicas, atualmente válido para locais fechados e transportes.

Alemanha também registrou alta, ainda que menor, mas segue com programa de teste e rastreamento mais eficiente. O país impôs testagem obrigatória para quem desembarca de locais com taxa mais alta de contaminação, assim como a Itália. A maioria dos governos também exige isolamento de 14 dias para quem chega de áreas consideradas de risco.