Reitoria anuncia que só negocia com a desocupação

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No 49º dia da ocupação da reitoria, estudantes repudiam posição de Suely Vilela e fazem campanha pela reabertura dos negócios

Suely Vilela, reitora da Universidade de São Paulo (USP), não compareceu à reunião agendada para quarta-feira, 20, e condicionou o diálogo à desocupação. Os estudantes repudiam a atitude e lançam campanha pela reabertura das negociações. Na reunião entre a comissão dos estudantes da ocupação da reitoria na USP e a reitora, a pauta eram as reivindicação dos estudantes para a desocupação. Segunda Ana Fani Carlos, professor titular da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP (FFLCH) “ao não receber os estudantes ocupados da USP, a reitora está dispensando a eles tratamento igual ao que se dá a terroristas e bandidos que exigem dinheiro em troca de reféns. O que se pretende ignorar é o óbvio: eles só estão lutando por uma universidade autônoma e livre das investidas do mercado e da lógica do poder político – suficientemente desmoralizado neste país”. Manifestação Em repúdio as atitudes da reitoria da USP e da desocupação de prédio da Unesp, em Araraquara, realizado pela Tropa de Choque na madrugada do dia 19, os estudantes e funcionários da USP realizaram nesta quinta-feira, 21, uma manifestação que saiu da reitoria e caminhou até o portão principal da Universidade. A Força tática da Policia Militar de São Paulo tentou barrar a manifestação, mas após o enfretamento dos manifestantes, recuou. Assembléia Está previsto para hoje uma assembléia geral dos estudantes, as 18h, para definir os rumos da ocupação frente o endurecimento da reitoria.