Relação de Bolsonaro com os EUA é "humilhante, de total subserviência", diz Lula

Sobre a indicação de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para comandar a embaixada brasileira em Washington, Lula afirmou que "só fritar hamburguer" não credencia ninguém para ser embaixador. "Pede para ele assar uma linguiça, pede para ele fazer qualquer outra coisa"

Lula em entrevista à Fórum (Ricardo Stuckert)
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Em entrevista a Haroldo Ceravolo Sereza, diretor de redação do Opera Mundi, ex-presidente Lula afirmou que a relação de Jair Bolsonaro com os Estados Unidos é humilhante, de total subserviência. A entrevista, divulgada nesta segunda-feira (23), foi realizada no mesmo dia em que o ex-presidente falou com o editor Renato Rovai, da Fórum. "O papel do Bolsonaro na relação com os Estados Unidos é uma coisa humilhante. Veja, é total subserviência. Isso não faz bem para o Brasil. não faz bem para o Bolsonaro, se você quer saber. Ninguém gosta de quem não se respeita, ninguém gosta de lambe-botas. Ninguém gosta de lambe-botas", disse. Sobre a indicação de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para comandar a embaixada brasileira em Washington, Lula afirmou que "só fritar hamburguer" não credencia ninguém para ser embaixador. "Eu, sinceramente, não vejo preparo político para que o filho de Bolsonaro seja essa pessoa. Bem, se ele quer arcar com as consequências, que arque. É o Senado que, em última hipótese vai investigar, vai pedir para ele fritar um hambúrguer lá dentro do Senado. Pede para ele assar uma linguiça, pede para ele fazer qualquer outra coisa, pois só hambúrguer não é credencial para alguém ser embaixador. Então, a responsabilidade republicana é do Senado", afirmou Lula, que ainda disse torcer por uma vitória do democrata Bernie Sanders sobre Donald Trump nas eleições estadunidenses em 2020. "Seria ótimo". Veja a primeira parte da entrevista de Lula ao Opera Mundi.

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