Renan Calheiros fala em "se humilhar" porque "malucos querem abrir o voto"

“Eleição tem como princípio universal o voto secreto. Não há eleição sem voto secreto. Caso contrário, teríamos uma pressão deletéria da mídia, dos poderes econômico, político e judicial”, disse Renan

Renan Calheiros no Senado Federal (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)
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Candidato à presidência do Senado, o senador Renan Calheiros (MDB/AL) classificou neste sábado (2) como uma "maluquice" a proposta de um grupo de senadores de que a eleição para a escolha da próxima Mesa Diretora da Casa seja feita com votação aberta. As informações são da Agência Brasil. “Uma maioria ter que se humilhar, judicializando uma eleição que ela ganharia porque uns malucos queriam abrir o voto”, disse Calheiros, referindo-se ao pedido que parte dos senadores de seu próprio partido e do Solidariedade apresentaram ao Supremo Tribunal Federal (STF) para reverter o resultado da votação desta sexta-feira (1), na qual a votação aberta foi aprovada por 50 votos a 2 – com uma abstenção e 28 senadores deixando de votar. O pedido foi julgado pelo presidente do STF, ministro Dias Toffoli, que decretou que a votação deve ser secreta. Em sua decisão, Toffoli afirmou que a votação secreta para as eleições internas nas casas legislativas podem ser observadas em distintos parlamentos do mundo. Argumento usado, hoje, por Calheiros. “Eleição tem como princípio universal o voto secreto. Não há eleição sem voto secreto. Caso contrário, teríamos uma pressão deletéria da mídia, dos poderes econômico, político e judicial”, comentou o senador, defendendo que a decisão do ministro Dias Toffoli deve ser cumprida pois, segundo ele, “decisão judicial não se discute. Cumpre-se”. Além de Renan, são candidatos para presidente do Senado: Alvaro Dias (Pode-PR), Ângelo Coronel (PSD-BA), Davi Alcolumbre (DEM-AP), Fernando Collor (Pros-AL), Major Olímpio (PSL-SP), Reguffe (sem partido-DF) e Espiridião Amin (PP-SC). Com informação da Agência Brasil Nossa sucursal em Brasília já está em ação. A Fórum é o primeiro veículo a contratar jornalistas a partir de financiamento coletivo. E para continuar o trabalho precisamos do seu apoio. Saiba mais.