Reorganização escolar: Governo tucano evita termo 'suspensão', mas propõe negociação

Em nota, secretaria de Educação já não fala em suspensão temporária, mas garante que abrirá debates para que comunidade escolar elabore propostas; confira o comunicado

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Em nota, secretaria de Educação já não fala em suspensão temporária, mas garante que abrirá debates para que comunidade escolar elabore propostas; confira o comunicado Por Redação Depois da informação de que a reorganização do sistema de ensino paulista poderia ser suspensa temporariamente para que a comunidade escolar apresentasse novas propostas, a secretarial estadual de Educação fez questão de enviar comunicado evitando a utilização do termo 'suspensão'. De acordo com a pasta, em audiência de conciliação realizada na tarde desta quinta-feira (19), o governo paulista propôs que, 48h depois que as escolas fossem desocupadas, seriam enviadas informações sobre a reorganização e se abriria um debate com os estudantes - de modo que seriam eleitos representantes da comunidade escolar para que se estabeleçam propostas de alternativa ao plano, que fecharia dezenas de escolas e transferiria centenas de alunos. A decisão foi tomada depois de mais de uma semana de pressão e mais de 70 escolas ocupadas por estudantes. Confira abaixo a íntegra do comunicado da secretaria: "A Secretaria da Educação do Estado reafirma o compromisso com a reorganização da rede de ensino. Mais uma vez o diálogo deve prevalecer entre alunos e dirigentes para conseguir, de maneira pacífica, chegar a um consenso. As diretorias regionais de ensino continuarão à disposição para dialogar e trabalhar em equipe para garantir que os 200 dias letivos sejam cumpridos. Um documento apresentado ao Ministério Público mostra os 5 principais pontos mencionados na tarde de hoje (19) pelo secretário Herman Voorwald, acompanhe abaixo: 1. envio do material da reorganização específico de cada unidade escolar. Prazo: em 48 (quarenta e oito) horas após a desocupação. 2. redistribuição do material da reorganização a todas as unidades da rede estadual de educação. Prazo: em 48 (quarenta e oito) horas após a desocupação. 3. realização de debates com a comunidade escolar, a serem organizados nas dependências das unidades escolares. Prazo: em até 5 (cinco) dias, após o recebimento do material referente ao item 1; 4. indicação de representantes da comunidade escolar – Grêmios, Associações de Pais e Mestres, Conselhos de Escola ou representantes desses segmentos, para consolidar propostas a serem encaminhadas às Diretorias de Ensino; 5. reuniões das equipes das Diretorias de Ensino com representantes indicados pela comunidade escolar para tratar as propostas. Prazo: até 10 (dez) dias após a realização dos debates indicados no item 3;" Foto: Laura Viana