Repórter é detido após filmar a ação da PM de Santa Catarina em partida de futebol

Policiais tomaram o celular do jornalista que transmitia a partida Criciúma x Paraná pela série B do Campeonato Brasileiro

(Reprodução)
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Jairo Silva Júnior teve seu trabalho interrompido e o celular tomado por policiais militares de Santa Catarina durante a partida entre Criciúma e Paraná Clube, no estádio Heriberto Hulsen. O repórter da rádio Transamérica filmou uma ação dos agentes do Estado contra membros da comissão técnica do time paranaense. Contrariados com a atitude do jornalista, os policiais o abordaram quando ele estava no ar. Júnior foi retirado de campo e levado para uma sala reservada dentro do estádio e só foi liberado depois de mais de uma hora detido. Jogadores, comissão técnica e funcionários do Paraná reclamavam com a arbitragem por conta do gol de empate do Criciúma, aos 41 minutos do segundo tempo. O jornalista registrou uma agressão feita por um policial a um dos membros do clube visitante. “Uma ação drástica com um profissional que estava trabalhando. Credenciado para o exercício da sua profissão. Iremos buscar nossos direitos”, falou em nota o diretor da Rádio Transamérica em Curitiba, Rogério Afonso. A Polícia Militar de Santa Catarina disse que os policiais cumpriram um pedido de um representante da CBF que estava no jogo. “Um supervisor da CFB solicitou apoio da Policia Militar para auxiliar na retirada de um membro da comissão técnica do Paraná Clube que estaria em local proibido. Realizada a intervenção, o membro da comissão técnica negou-se a sair do local, mesmo após pedidos do supervisor CBF, tumultuando os trabalhos no local. Assim, contra ele foi confeccionado um Termo Circunstanciado. Ainda na mesma ocorrência, um jornalista, mesmo ciente de que não poderia realizar filmagens no interior do Estádio, passou a realizar imagens, sendo este fato também apontado pelo supervisor da CBF como irregular. Os celulares dos envolvidos foram apreendidos no Termo Circunstanciado, os quais servirão futuramente como meio de prova”, disse a PM catarinense em nota.