Roberto Dias, o homem da propina, tinha cargo de confiança no governo da mulher de Ricardo Barros no Paraná

Há provas documentais das ligações de Roberto Dias com o grupo de Barros, especialmente com a mulher dele, Cida Borghetti - que exerceu o cargo de governadora do Paraná durante 8 meses em 2018

Roberto Ferreira Dias (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)
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Por Rodrigo Vianna

O líder do governo Bolsonaro, Ricardo Barros (PP-PR), tentou negar suas ligações com o funcionário do Ministério da Saúde Roberto Dias, que teria pedido propina para efetivar a compra de vacina, conforme denúncia do jornal Folha de S. Paulo. Em nota publicada nas redes sociais, Barros disse que não fez a indicação e que a nomeação ocorreu no início de 2019, quando ainda "não estava alinhado ao governo" Bolsonaro.

A versão não se sustenta.

Há provas documentais das ligações de Roberto Dias com o grupo de Barros, especialmente com a mulher dele, Cida Borghetti - que exerceu o cargo de governadora do Paraná durante 8 meses em 2018, quando Beto Richa (PSDB) deixou a função abrindo então espaço para sua vice.

Este jornalista recebeu de uma fonte no Paraná registros da nomeação de Roberto Dias para cargo comissionado na Secretaria de Infraestrutura e Logística (SEIL), em 24 de abril de 2018, exatos dezoito dias após Cida Borghetti assumir o governo.

Alguns meses depois, Roberto Dias participou de reunião da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Infraestrutura do Paraná – Agepar, na sede da Federação das Indústrias daquele Estado.

Dias participou do encontro na qualidade de Diretor Geral da SEIL paranaense. Ou seja, era um "quadro" de confiança da dupla Cida Borghetti/Ricardo Barros.

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