Rogério Correia: “Tribunal tentou dar o golpe para proteger o Aécio”

De acordo com Bloco Minas Sem Censura, TCE mineiro retirou de seu site relatórios citados por Dilma Rousseff no debate da Bandeirantes que provam que os governos de Aécio Neves e Antônio Anastasia não investiram na Saúde o mínimo exigido pela Constituição.

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De acordo com Bloco Minas Sem Censura, TCE mineiro retirou de seu site relatórios citados por Dilma Rousseff no debate da Bandeirantes que provam que os governos de Aécio Neves e Antônio Anastasia não investiram na Saúde o mínimo exigido pela Constituição Por Conceição Lemes, no Viomundo No debate da Band realizado nessa terça-feira (14), a candidata petista Dilma Rousseff cobrou do candidato Aécio Neves, do PSDB, por que os seus governos e os de Antônio Anastasia deixaram de investir R$ 16 bilhões na Educação e na Saúde.

Aécio negou. Disse que  as prestações de contas tinham sempre sido aprovadas.

Dilma sugeriu então que os telespectadores consultassem o site  do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG), para saber quem estava falando a verdade.

Quem tentou descobrir quem estava mentindo bateu com a cara na porta. Surpreendentemente, o site festava fora do ar.

Até hoje 15, às 10h, o site não tinha voltado a funcionar. Tanto que o deputado estadual Rogério Correia (PT-MG) denunciou o caso na Assembleia Legislativa.

Nessa altura, Rogério Correia não sabia de outra surpresa, embora premonitoriamente já a antevia.

Hoje, quando o site do TCE-MG voltou a funcionar, os relatórios das contas governamentais do Estado, que comprovam as denúncias de Dilma, tinham desaparecido.

Bloco Minas Sem Censura denunciou a atitude arbitrária do TCE-MG:

"A menção a esses relatórios, pelo ex-governador Aécio Neves, ocorreu de forma irresponsável e distorcida. As aprovações das prestações de contas sempre foram dadas com ressalvas, indicando que, por sucessivas vezes, as gestões de Aécio e Anastasia não aplicaram o mínimo constitucional na saúde e na educação, usando diversos artifícios contábeis para chegar aos 12% (saúde) e 25% (educação). O valor  que deveria ser investido nessas duas áreas chega a R$ 16 bilhões.

A atitude do TCE-MG constitui grave violação do princípio da publicidade e reforça condutas abusivas e de censura dos tucanos de Minas. Comprova o aparelhamento do Estado e o medo da transparência.

Esconder os relatórios só confirma o óbvio: governos tucanos em Minas Gerais desviaram recursos da saúde e da educação."

Eles comprovam a não-aplicação do mínimo constitucional em Saúde e Educação por todos estes anos, resultando num déficit de cerca de 8 Bilhões de Reais para cada um destes setores em Minas Gerais.

Os relatórios estavam no site do TCE-MG até, pelo menos, segunda-feira. Foi quando o Minas Sem Censura acessou-o e fez o download dos disponíveis: 2006 a 2012.  Eles estão aqui.

Há pouco, por volta das 20h desta quarta-feira, sem qualquer explicação do TCE, os relatórios voltaram a aparecer no seu site.

“O Tribunal tentou dar o golpe, para proteger mais uma vez o Aécio”, denuncia Rogério Correia. “Se deu mal. A pressão foi tanta que foi obrigado a disponibilizar, de novo, os relatórios comprometedores.”

Foto de capa: Marcos Fernandes/Coligação Muda Brasil