Rússia convida Grécia para participar dos Brics

Na última cúpula do bloco no ano passado, Dilma Rousseff disse que instituição foi criada como 'alternativa para necessidades de financiamento'

(Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)
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Na última cúpula do bloco no ano passado, Dilma Rousseff disse que instituição foi criada como 'alternativa para necessidades de financiamento' Por Opera Mundi  Em conversa telefônica com o primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, o vice-ministro das Finanças da Rússia, Sergei Storchak, convidou Atenas a participar do banco de desenvolvimento dos Brics, formado também por Brasil, Índia, China e África do Sul, reportou o jornal gregoEkathimirini na segunda-feira (11/05). Em resposta, Tsipras agradeceu a oportunidade de participação na instituição exclusiva do bloco de países emergentes, anunciado na última cúpula do grupo, em 15 de julho de 2014, em Fortaleza.

Para o chefe de governo grego, o convite foi uma “surpresa agradável” que será “examinado minuciosamente” e potencialmente discutido com outros líderes do Brics durante o Fórum Econômico Internacional de 2015 na cidade russa de São Petersburgo, indicou uma nota divulgada pelo seu partido, o Syriza.

Ainda na segunda, foi confirmado que o primeiro presidente do banco dos Brics será o economista indiano Kundapur Vaman Kamath, atualmente dirigente do ICICI Bank, o segundo maior banco indiano e o maior dos bancos privados do país asiático. Ele presidirá a instituição pelos próximos cinco anos e depois entregará o cargo de liderança ao Brasil.
Durante a cúpula dos Brics no ano passado, a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, declarou à época que a criação do banco “representa uma alternativa para as necessidades de financiamento para os países em desenvolvimento, compensando a insuficiência de crédito das principais instituições financeiras internacionais”.

Além do banco de desenvolvimento, foi elaborado ainda um fundo emergencial de US$ 100 bilhões de ajuda mútua para situações de crise financeira. Os órgãos irão financiar projetos de infraestrutura e de desenvolvimento para as cinco economias emergentes que somam um quinto do PIB global e 40% da população mundial. Rublo como moeda de troca

Além disso, Storchak sugeriu ainda a Tsipras que investidores e turistas russos possam  usar o rublo para pagar por bens de consumo e serviços na Grécia, auxiliando no desenvolvimento do turismo grego, uma das principais rendas da frágil economia do país.

“Essa duas nações poderia cooperar e começar a usar a moeda nacional em pagamentos de commodities e serviços”, afirmou Storchak, segundo a agência de notícias local AMNA. “Cidadãos russos são sensíveis quando se trata de conversão de rublos por outra moeda”, acrescentou. Foto:Roberto Stuckert Filho/PR