Safra ofereceu suborno para se livrar de dívida milionária com a Receita Federal

De acordo com reportagem do jornal O Globo, que tece acesso à investigação da Operação Zelotes, um conselheiro ofereceu ao Carf R$ 28 milhões para quitar uma dívida de R$ 793 milhões

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De acordo com reportagem do jornal O Globo, que tece acesso à investigação da Operação Zelotes, um conselheiro ofereceu ao Carf R$ 28 milhões para quitar uma dívida de R$ 793 milhões Por Guilherme Franco Um representante do Banco Safra teria tentado se livrar de uma dívida milionária com a Receita Federal por meio de um suborno irrisório. Investigadores da Operação Zelotes acusam um conselheiro do banco de oferecer R$ 28 milhões para se livrar de uma dívida da ordem de R$ 793 milhões. O jornal O Globo teve acesso ao relatório da PF que mostraria a suposta negociação. Segundo o relatório, o suborno foi negociado com conselheiros do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), entre eles, o procurador da Fazenda Nacional, Jorge Victor Rodrigues. As negociações aparecem em gravações de conversas interceptadas pela Polícia Federal (PF) com autorização judicial. Ainda de acordo com o periódico, a Polícia Federal chegou a pedir a prisão de João Inácio Puga, membro do Conselho de Administração do Banco Safra, mas o juiz entendeu que, por enquanto, só bastariam as interceptações telefônicas e as quebras de sigilo bancários e que não seriam feitas prisões. Deflagrada na última quinta-feira (26), a Operação Zelotes apura a existência de um esquema responsável por causar o sumiço de débitos tributários, uma forma de desfalcar os cofres públicos. Até o momento, já foi confirmado um prejuízo de 6 bilhões de reais, que pode chegar a 19 bilhões, valor maior que o investigado inicialmente na Operação Lava Jato. O esquema envolve ao menos 54 empresas e 70 processos, entre elas os bancos Santander e Safra; as montadoras Ford e Mitsubishi; as companhias Cimento Penha, Boston Negócios, J.G. Rodrigues, Café Irmãos Julio e Mundial-Eberle; a telefônica TIM, além da RBS e da Gerdau. Foto: Rodrigo/Flickr