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Doleiro disse que havia repasse de propina ao senador; procurador-geral da República pediu para que investigação sobre o tucano seja arquivada
Por Redação
[caption id="attachment_60109" align="alignleft" width="300"] Jornal afirma que teve acesso aos depoimentos de Youssef[/caption]
O doleiro Alberto Youssef, delator da Operação Lava Jato, afirmou que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) recebia recursos desviados de Furnas “através de sua irmã” quando ele era deputado federal. A informação foi divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo, que teve acesso ao depoimento de Youssef no Ministério Público, nesta quarta-feira (4).
Apesar de ter sido citado, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, recomendou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o arquivamento do pedido de abertura de inquérito contra o tucano, sugerido pelos procuradores do caso.
“Furnas e o recebimento de propina pelo Partido Progressista e pelo PSDB” é o tema do termo de colaboração número 20, assinado pelo doleiro. Além de Aécio, no termo também são citados o ex-deputado José Janene (PP) e Airton Daré, sócio da empresa Bauruense, que prestava serviço para Furnas.
Youssef disse que recolheu dinheiro de propina na empresa Bauruense duas vezes. Em uma delas, faltavam 4 milhões de reais. E foi avisado que o PSDB já havia coletado a quantia.
O doleiro afirmou que o então deputado Aécio Neves teria influência sobre a diretoria de Furnas e estaria recebendo o recurso por sua irmã. Ele disse também que haveria uma “comissionamento de Aécio Neves”, mas não soube dizer como ele começou.