Sem máscara, Bolsonaro é impedido por vendedora de entrar em barraca de frango: "Pode não"; assista ao vídeo

Mesmo com seu governo tendo adotado campanha em favor do uso de máscara, Bolsonaro segue desrespeitando o protocolo e precisou ser repreendido por uma vendedora durante passeio em Brasília

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Jair Bolsonaro, durante seu passeio pela periferia de Brasília neste sábado (10), desrespeitou mais uma vez os protocolos sanitários contra o contágio do coronavírus. O presidente circulou pela periferia da capital federal sem máscara e causou aglomerações.

A postura do presidente contrasta com a adotada pela comunicação de seu governo, que esta semana lançou uma campanha incentivando o uso de máscaras. Durante o passeio em Brasília, no entanto, quem teve que fazer o presidente, minimamente, respeitar os protocolos sanitários, foi uma vendedora de frango assado, que impediu o presidente de entrar em sua tenda devido ao fato de que ele não estava com a proteção.

"Posso entrar aqui?", perguntou Bolsonaro à vendedora logo após fazer o seu pedido, ao que ouve como resposta: "Pode não".

Assista.

https://twitter.com/SamPancher/status/1381007406289674241

"Se ficar em casa, vai morrer de fome"

Durante discurso feito enquanto passeava por Brasília, Bolsonaro voltou a criticar o isolamento social. Ignorando suas responsabilidades como chefe do Executivo Federal, o mandatário atacou governadores e os responsabilizou pelo aumento da fome. O auxílio emergencial de R$600, aprovado no Congresso Nacional em 2020, foi reduzido por ele no fim do ano passado, interrompido em 2021 e retomado com um valor ainda mais baixo em abril.

“Essa política de fechamento é para sufocar a economia e desgraçar o Brasil de vez. Se ficar em casa o dia todo, vai acabar morrendo de fome. Cada vez tem menos coisa na geladeira”, declarou.

Segundo o estudo “Insegurança Alimentar e Covid-19 no Brasil”, realizado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar (Rede Penssan), a segurança alimentar brasileira caiu para apenas 44,8% em 2020 – era de 77,1% em 2013. A insegurança alimentar (leve, moderada ou grave) chega a 55%.