Sentença decide sobre crimes cometidos pela Tríplice A

A Aliança Anticomunista Argentina é acusada por três mil crimes. A Câmara Federal decide se os delitos são de lesa humanidade, e portanto, imprescritíveis

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A Aliança Anticomunista Argentina é acusada por três mil crimes. A Câmara Federal decide se os delitos são de lesa humanidade, e portanto, imprescritíveis Por Adital A Câmara Federal na Argentina deverá julgar nas próximas semanas se os três mil crimes cometidos pela Aliança Anticomunista Argentina, conhecida por Tríplice A, são delitos de lesa humanidade -cometidos contra a humanidade-, o que os converteria em crimes imprescritíveis. Entre os anos de 1973 e 1976, a Tríplice A, grupo paramilitar de ultradireita, cometeu assassinatos, seqüestros e explosões de locais de partidos políticos e sindicatos. Organizações de direitos humanos argentinas estão fazendo uma campanha para assinar uma petição exigindo dita resolução da corte. Existe uma versão da petição em espanhol e outra em inglês para que a comunidade internacional possa baixá-la, imprimi-la e fazê-la chegar ao maior número de pessoas. Na petição, convoca-se às organizações e defensores dos direitos humanos "a participar na defesa das testemunhas no caso da Tríplice A, para protegê-los de ameaças e ações que comprometam sua segurança". Os signatários da petição exigem também: que o governo garanta a integridade pessoal de todos os querelantes e testemunhas na causa contra a Tríplice A e seus crimes de lesa humanidade; que trabalhe para que Julio Lopez apareça; que as forças armadas e policiais se livrem de todos aqueles participantes do processo ou da etapa de funcionamento da Tríplice A e que sejam conhecidos como participes de seus crimes e sejam também julgados; e que se convoque para falar todos aqueles que estiveram vinculados direta ou indiretamente com os membros ou ações da Tríplice A antes do processo da ditadura e durante a mesma. A sentença determinando que os crimes da Tríplice A foram contra a humanidade possibilitaria também o julgamento, e eventual castigo, dos responsáveis por esses crimes como: a ex-presidente Isabel Martínez de Perón, os comissários Almirón e Morales e centenas de membros da Tríplice A e seus grupos federados como a CNU (Concentração Nacional Universitária), COR (Centro de Operações de Resistência) e JSP (Juventude Sindical Peronista). Entre os crimes cometidos com amparo do estado e os sucessivos governos dos Presidentes Lastiri, Juan D. Perón e Isabel Martínez, estão os do deputado Ortega Pena, os peronistas da chamada Tendência massacrados em Ezeiza, os militantes do PST (Partido Socialista dos Trabalhadores) assassinados em Pacheco e La Plata, a de simpatizantes e militantes do PRT/ERP (Partido Revolucionário dos Trabalhadores/ Exército Revolucionário do Povo), PCR (Partido Comunista Revolucionário), PC (Partido Comunista) e outros partidos de esquerda, assim como também os atentados contra outros partidos como a UCR (União Cívica Radical). A Tríplice A foi criada para silenciar à oposição de esquerdas na República Argentina. Suas ações eram terroristas, e foram cometidos numerosos assassinatos contra guerrilheiros e políticos de esquerda. Na época, não se sabia quem eram seus líderes, mas hoje se sabe que esteve sob a direção de José López Rega, secretário pessoal e ministro do ex-mandatário argentino Juan Domingo Perón. Os abaixo-assinados em espanhol e inglês estão abaixo: Em espanhol e em inglês Adital

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