Sérgio Moro manda soltar Guido Mantega

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Poucas horas após a deflagração da 34ª fase da Lava Jato, Moro revogou a prisão do ex-ministro Guido Mantega, detido em um hospital enquanto acompanhava a esposa em uma cirurgia para tratar de um câncer. O juiz federal afirmou que "desconhecia" o quadro de saúde da esposa de Mantega Por Redação O juiz federal Sérgio Moro mandou soltar Guido Mantega, preso temporariamente na manhã desta quinta-feira (22). Poucas horas após a detenção do ex-ministro pela 34ª fase da operação Lava Jato, Moro resolveu revogar a decisão sob a justificativa de que "desconhecia" o quadro de saúde da esposa do político. Mantega foi detido no hospital Albert Einstein, na Zona Sul de São Paulo, acompanhando a esposa em procedimento cirúrgico de risco para tratar de um câncer. “Sem embargo da gravidade dos fatos em apuração, noticiado que a prisão temporária foi efetivada na data de hoje quando o ex-Ministro acompanhava o cônjuge acometido de doença grave em cirurgia. Tal fato era desconhecido da autoridade policial, Ministério Público Federal e deste Juízo (...) Procedo de ofício, pela urgência, mas ciente de essa provavelmente seria também a posição do MPF e da autoridade policial. Assim, revogo a prisão temporária decretada contra Guido Mantega, sem prejuízo das demais medidas e a avaliação de medidas futuras”, escreveu o juiz em seu despacho. De acordo com a Polícia Federal, Mantega teria negociado repasse de recursos de empresas ao PT para gastos com campanha. Eike Batista chegou a dizer que o ex-ministro o procurou para pedir R$ 5 milhões para a legenda. Além do ex-ministro, a operação também tem como alvo executivos da empresa de Eike Batista, a OSX, e também da Mendes Júnior. Repercussão A prisão de Mantega, dada a situação de sua esposa e a disponibilidade do ex-ministro em colaborar com a Justiça, foi muito criticada por ex-colegas de governo e causou repercussão nas redes sociais. A senadora e ex-ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, por exemplo, afirmou que a atitude da Polícia Federal foi baseada na lógica da "espetacularização e da humilhação". Já o presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão, afirmou que a prisão do ex-ministro Guido Mantega é “arbitrária, desumana e desnecessária” e lembrou que "Mantega é ex-ministro, tem endereço fixo e nunca se negou a dar esclarecimentos, sendo assim midiática a prisão em um hospital". Falcão falou ainda sobre as acusações que pairam sobre Mantega e o PT. "O PT refuta as ilações apresentadas. Todas as operações financeiras do partido foram realizadas estritamente dentro dos parâmetros legais e posteriormente declaradas à Justiça Eleitoral.”