Servidoras protestam contra a nova secretária de Políticas para Mulheres

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Fátima Pelaes é conhecida por ter posições contrárias à legalização do aborto e também é suspeita de envolvimento em desvios de verbas. Servidoras criticam ainda a mudança feita pelo presidente interino, Michel Temer, que retirou o status de ministério e subordinou a pasta ao Ministério da Justiça Por Redação Nesta segunda-feira (6) um grupo de servidoras se juntou a alguns coletivos feministas para protestar contra a nomeação da ex-deputada Fátima Pelaes para a Secretaria de Políticas para Mulheres. Ela é conhecida por ter posições contrárias à legalização do aborto e também é suspeita de envolvimento em desvios de verbas. As servidoras criticam a mudança feita pelo presidente interino, Michel Temer, que retirou o status de ministério e subordinou a pasta ao Ministério da Justiça, comandado pelo ex-secretário de Segurança Pública de São Paulo Alexandre de Moraes. "A Secretaria de Políticas Públicas para Mulheres existe hoje por conta da luta do movimento de mulheres que batalhou para ter um órgão específico que cuidasse das politicas para mulheres. Com o governo interino ela está mais do que desmontada, estão tirando as suas competências e levando para outros lugares", disse Eliana Magalhães Graça, servidora da secretaria, em entrevista aos Jornalistas Livres. A Procuradoria Geral da República divulgou na semana passada um relatório no qual mostra detalhes das práticas corruptas supostamente realizadas por Pelaes. A ex-deputada teria negociado contratos e convênios entre o Ministério do Turismo e uma ONG fantasma, chamada Ibrasi. Os valores teriam alcançado R$ 4 milhões. Segundo testemunhas, Pelaes seria beneficiária dos desvios desses recursos. O caso foi descoberto na Operação Voucher e, como na época Pelaes ainda exercia o mandato de deputada, ela teve foro privilegiado. Pelaes já se pronunciou contra as principais reivindicações do movimento feminista, inclusive foi uma das defensoras do chamado "Estatuto do Nascituro", que propõe, entre outras coisas, o fim do aborto legal caso a gravidez ofereça risco de vida para a mãe. Com informações dos Jornalistas Livres