Sindicatos e movimentos de professores de Portugal marcam manifestação única

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Representantes da FENPROF e de três movimentos representativos dos professores (APEDE, MUP e Promova) chegaram a acordo sobre a unificação da luta que os tem enfrentado ao governo de José Sócrates..

O comunicado, divulgado nesta sexta feira, 31, nos sites da FENPROF e da APEDE , lembra a necessidade de "enfrentar a ofensiva sobre a escola pública (os professores em concreto) que este governo continua a desenvolver" e salienta a necessidade de "por cobro de imediato aos principais eixos da política educativa levada a cabo por este governo".

O documento "repudia" o modelo de avaliação do desempenho docente, "recusa" os princípios em que assenta o Estatuto da Carreira Docente imposto pelo Ministério da Educação e "rejeita um modelo de gestão escolar que visa o regresso ao poder centralizado de uma figura que foge ao controle democrático dos estabelecimentos de ensino", concluindo que o Memorando de Entendimento assinado entre o Ministério e a plataforma sindical de professores ficou "esvaziado de conteúdo".

As quatro organizações presentes na reunião subscreveram o documento, reafirmando a "intenção de tudo fazerem no sentido da convergência de lutas".

A convergência alcançada vem ao encontro do apelo feito por três professores - Paulo Guinote (autor do blogue "A Educação do Meu Umbigo"), João Madeira (Movimento Escola Pública) e Constantino Piçarra (Agrupamento de escolas de Ourique) - que num texto conjunto defenderam a importância dos sindicatos e movimentos na luta dos professores e a convergência entre todos para a realização de uma só manifestação, "pelo fim da humihação dos professores".

Entretanto, nos últimos dias professores de mais de 80 escolas do país aprovaram moções ou abaixo-assinados contra o sistema de avaliação. Na quinta feira,sete professores-avaliadores da Escola Secundária Camões, em Lisboa, solicitaram suspensão das suas funções, tendo recebido o apoio de 100 dos 170 professores da escola.

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