Sob a gestão Moro, Ministério Público Federal fecha prédio na fronteira com o Paraguai por medo do PCC

A justificativa de Ponta Porã para a mudança para Dourados, no Mato Grosso do Sul, é de que há "níveis críticos de violência" devido a ações do Primeiro Comando da Capital

Sede do MPF em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul (Foto: MPF)
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Com o Ministério da Justiça sob o comando do ex-juiz da Lava Jato Sergio Moro, o Ministério Público Federal (MPF) decidiu fechar o seu prédio na cidade de Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, fronteira com o Paraguai. A justificativa é de que há "níveis críticos de violência" devido a ações do Primeiro Comando da Capital (PCC), segundo reportagem de Rubens Valente, na Folha de S.Paulo deste sábado (27). Junto ao CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público), o Conselho Superior do MPF decidiu transferir a sede para a cidade de Dourados, a 120 quilômetros de distância. O prédio atual fica a 350 metros da fronteira com a cidade de Pedro Juan Caballero, no Paraguai, caracterizada pelo MPF como "palco de numerosas ações de diversos grupos criminosos organizados, em especial, do PCC". O prédio funciona desde 2003 e conta hoje com três procuradores da República, além de 15 servidores, seis estagiários e oito terceirizados, totalizando 32 trabalhadores. Em 2016, a morte de um líder brasileiro do narcotráfico na região foi creditada a um ataque do PCC na cidade paraguaia pela polícia, que diz que o grupo buscava se estabelecer na região.