Sob pressão de conservadores, Papa Francisco desiste de ordenar homens casados como padres na Amazônia

O Papa sofria forte pressão de grupos conservadores da igreja Católica - incluindo de seu antecessor, o papa emérito Bento XVI - para barrar a proposta

Papas Francisco e Bento XVI (Foto: Vaticano)
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Em uma exortação apostólica divulgada nesta quarta-feira (12), o Papa Francisco não menciona a proposta de permitir que homens casados possam ser ordenados padres para atuar na região da Amazônia, que foi aprovada por 128 votos a 41 durante o Sínodo sobre a floresta no Vaticano há cerca de três meses.

O Papa sofria forte pressão de grupos conservadores da igreja Católica - incluindo de seu antecessor, o papa emérito Bento XVI - para barrar a proposta.

No documento divulgado nesta quarta, o papa defende que novos caminhos sejam encontrados para estimular padres a trabalhar em regiões remotas, e permitiu que os diáconos possam assumir mais funções.

Os diáconos podem dar sermões, ensinar, batizar e comandar paróquias, mas não podem conduzir uma missa. Homens casados podem ser ordenados como diáconos.

Devido à falta de padres, os fiéis de cerca de 85% da região da Amazônia não podem ir à missa semanalmente. Os conservadores temiam que a aprovação da proposta para a Amazônia encorajasse outras regiões do mundo onde faltam padres a pleitear o mesmo direito.

Com informações da Reuters