Subprocurador diz que salário de R$ 42 mil é "aflitivo" e pede a Aras mais auxílios

Nívio de Freitas está "muito preocupado" sobre as condições para seguir no cargo. Remuneração do subprocurador chegou a R$ 75 mil em janeiro

O subprocurador-geral da República Nívio de Freitas Silva Filho (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)
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Durante a reunião extraordinária do Conselho Superior do Ministério Público Federal em novembro do ano passado, o subprocurador Nívio de Freitas Silva Filho reclamou ao procurador-geral da República, Augusto Aras, sobre sua remuneração bruta de R$ 42,2 mil. Segundo ele, o valor é "aflitivo" e não corresponde aos gastos do cargo.

"Está nos afligindo, está muito difícil, os vencimentos já não chegam ao final do mês. É uma situação aflitiva. Há uma quebra de paridade. Confesso que estou ficando muito preocupado se tenho condições de me manter no exercício da minha função. Facilmente posso demonstrar para todos como é oneroso para mim o exercício do cargo de subprocurador-geral da República. Tenho que manter aqui residência, todas as despesas e me preocupo profundamente", disse o subprocurador.

"A questão da paridade é uma questão que realmente está nos afligindo pessoalmente muito intensamente. É a questão da regulamentação do auxílio-moradia para nós, subprocuradores-gerais da República. A questão realmente não é de acréscimo, é de recomposição, de auxiliar nos custos, porque é excessivamente oneroso o exercício da função", continuou.

De acordo com a coluna de Guilherme Amado, na revista Época, o salário do subprocurador em janeiro chegou a R$ 74,9 mil, por conta da gratificação natalina. Ele se candidatou no ano passado à lista tríplice para o cargo de PGR.