"Tá na cara que eu vou ser cobrado, né?", diz Bolsonaro sobre participação na ONU

Em live, o presidente reafirma que vai à Assembleia Geral da ONU, em Nova York, e repete retórica sobre reservas indígenas e quilombolas

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Em live presidencial realizada nesta quinta-feira (19), o presidente Jair Bolsonaro comentou sobre a Assembleia Geral da ONU, que iniciará a etapa de discursos presidenciais na próxima terça-feira (24). Mesmo prevendo que enfrentará protestos, o presidente confirmou a participação. Bolsonaro ainda voltou a atacar comunidades indígenas e quilombolas, relacionando a demarcação com as queimadas. "Sabemos que pode ter algum problema lá, é natural. Vocês vão ver um presidente que vai falar com o coração, com patriotismo e falando em soberania nacional, essa que sempre esteve ameaçada e, agora, muita gente consegue entender que infelizmente, eu e uns poucos do Brasil estávamos com razão", disse Bolsonaro, elogiando o presidente Donald Trump logo em seguida. "Vou fazer um pronunciamento lá e tá na cara que eu vou ser cobrado, né? Porque grande parte dos países me atacam de forma bastante virulenta. É que eu sou os responsáveis pelas queimadas aí no Brasil", disse em tom irônico, contestando, mais uma vez, dados de que as queimadas e o desmatamento aumentaram. O presidente ainda voltou a criticar a demarcação de reservas indígenas, quilombolas e ambientais. "Se eu resolver, amanhã, [...] assinar decretos para demarcar aí 20 reservas indígenas e 50 quilombolas, o incêndio acaba imediatamente na região amazônica. O que alguns países da Europa estavam fazendo? Com essa historinha de dinheiro para o Fundo Amazônia, estavam comprando a nossa Amazônia", disse.