Taxa de desemprego vai a 14,4%, a maior da pandemia, revela IBGE

Número leva em conta quem procurou emprego e não encontrou no período, que somavam 14 milhões de brasileiros na última semana de setembro

Desemprego (Foto: Arquivo)
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A taxa de desemprego da quarta semana de setembro ficou em 14,4%, atingindo 14 milhões de trabalhadores e trabalhadoras, de acordo com a PNAD Covid-19, divulgada nesta sexta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a maior taxa desde o início da pandemia do novo coronavírus.

Em cinco meses, mais de 4,1 milhões de brasileiros ficaram desempregados por causa da pandemia, que agravou a crise econômica no país. Na primeira semana de maio, a taxa de desemprego era de 10,5% e atingia 9,8 milhões de trabalhadores. Entre a primeira semana de maio e a quarta semana setembro aumentou em 43% o número de desempregados no país.

O IBGE considerou que, do ponto de vista estatístico, os números da última semana de setembro ficaram “estáveis” em relação ao período anterior, quando o total de brasileiros sem ocupação estava em 13,3 milhões, com uma taxa de 13,7%.

“Embora as informações sobre a desocupação tenham ficado estáveis na comparação semanal, elas sugerem que mais pessoas estejam pressionando o mercado em busca de trabalho, em meio à flexibilização das medidas de distanciamento social e à retomada das atividades econômicas”, diz a coordenadora da pesquisa, Maria Lucia Vieira, em nota.

Quer trabalhar, mas nem sai para procurar

A população que o IBGE chama de  fora da força de trabalho (que não estava trabalhando nem procurava por trabalho) era de 73,4 milhões de pessoas na última semana de setembro.

Nesse contingente, disseram que gostariam de trabalhar cerca de 25,6 milhões de pessoas (ou 34,8% da população fora da força de trabalho).

E, dentre elas, cerca de 15,3 milhões de pessoas fora da força que gostariam de trabalhar não procuraram trabalho  por causa da pandemia ou por não encontrarem uma ocupação na localidade em que moravam. Elas correspondiam a 20,8% das pessoas fora da força.