A agenda do presidente Jair Bolsonaro com lideranças evangélicas é alvo de pedido de investigação protocolado pelo subprocurador-geral do Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Furtado, por supostamente estar ferindo o princípio do Estado Laico.
Segundo o portal Buzfeed News Brasil, a ação foi aberta na tarde desta terça-feira (18) e questiona a prioridade dada a evangélicos em "agenda e políticas públicas em prejuízo aos aspectos técnicos que devem conduzir as decisões".
Furtado quer que o TCU investigue se tais decisões ferem o princípio da laicidade e fere "direitos individuais daqueles que não comungam das mesmas crenças religiosas".
Segundo levantamento do jornal Extra publicado no último domingo, em 2019 o presidente teve 40 compromissos oficiais com evangélicos. Destes, 23 foram no Planalto.
No sábado, o presidente participou do evento “Ano da Unção Dobrada”, em comemoração dos 40 anos da Igreja Internacional da Graça, administrada pelo “missionário” R.R. Soares. Na ocasião ele chegou a abraçar o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, e fazer a dancinha “da volta da vitória”.
Outro que marcou presença no evento foi o juiz federal Marcelo Bretas, o que levantou questionamentos por parte da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
“Não apenas participou de evento de natureza política — festa evangélica na praia e inauguração de obra pública —, em manifesta afronta à vedação constitucional, como acompanhou a comitiva presidencial desde a chegada na cidade do Rio de Janeiro, publicando, ainda, postagens com manifestação de apreço em redes sociais” , diz a entidade em petição.
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