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Sistema de transposição das águas da represa Billings foi interditado pela Prefeitura de Ribeirão Pires. Agora, em lugar de vazamentos, o problema são as enchentes do córrego Taiaçupeba-Mirim, onde as bombas que puxam água da Billings jogariam quatro mil litros por segundo de água
Por Fernando Brito, do Tijolaço
Inaugurada há poucos dias – depois de um atraso devido a vazamentos inadmissíveis numa obra deste porte – o sistema de transposição das águas da represa Billings (Complexo Rio Grande) para o minguante AltoTietê – hoje o mais sacrificado reservatório de água de São Paulo – foi interditado pela Prefeitura de Ribeirão Pires, noticia o Estadão.
Agora, em lugar de vazamentos, o problema são as enchentes do córrego Taiaçupeba-Mirim, onde as bombas que puxam água da Billings jogariam quatro mil litros por segundo de água.
Como o córrego não foi desassoreado devidamente e preparado para um brutal aumento de vazão, desde o início da operação houve enchentes e desbarrancamento das margens. Isso fez com que o volume de água bombeado tivesse de se restringir a um quarto do previsto.
Isso quando não foi, simplesmente, suspenso, porque nem assim dava vazão.
É a premiadíssima gestão hídrica do Governo paulista, que está transformando uma empresa tecnicamente capaz como a Sabesp numa comédia de erros, manchando sua imagem tanto que nenhuma chuva vai lavar.
Não se faz obras, fazem-se gambiarras, canais em meio da lama, mangueiras de borracha, dutos improvisados. Tudo feito às carreiras (veja abaixo Alckmin anunciando a obra, em maio ) como se não soubessem do desastre hídrico há quase dois anos.
Além de água, falta vergonha.