Torturador na ditadura, coronel Ustra é escrachado em Brasília

Aproximadamente 150 pessoas estiveram no ato divulgando os crimes do militar, que não apareceu em nenhum momento

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Aproximadamente 150 pessoas estiveram no ato divulgando os crimes do militar, que não apareceu em nenhum momento Por Redação Aproximadamente 150 integrantes do Levante Popular da Juventude escracharam, na tarde desta segunda-feira (31), em Brasília, o coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra, reconhecido pela Justiça como torturador na época da ditadura militar. Ustra foi chefe do Doi-Codi em São Paulo e teria, de acordo com o grupo, coordenado mais de 500 torturas e assassinado 50 pessoas. Muitas vítimas da ditadura militar no Brasil afirmam ter sido torturadas pelo coronel. Entre eles, o vereador paulistano Gilberto Natalini (PV), que em sessão da Comissão Municipal da Verdade, em São Paulo, apontou Ustra como seu algoz. Durante o escracho, o coronel não apareceu na frente da casa. No chão, os ativista escreveram: “Aqui mora um torturador” e “Ditadura nunca mais”. Aos vizinhos, foram entregue panfletos que contam os crimes de Ustra. Para Bárbara Loureiro, integrante do Levante Popular da Juventude, escrachar o coronel significa expor a impunidade  daqueles que mataram e torturaram no período militar. “São 50 anos do golpe militar e o Ustra é emblemático porque ele foi condenado na Justiça mas vive solto, morando em um bairro residencial de classe alta em Brasília.”