Trabalhadores passam mal em contato com carvão para tratamento de água no Rio

Um deles desmaiou após inalar o pó do carvão. Sindicato da categoria denuncia condições insalubres de trabalho na estatal de Wilson Witzel

Trabalhador recebendo medicação após passar mal em contato com o carvão (Foto: Sintsama)
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Trabalhadores terceirizados da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae), alguns deles conveniados à Fundação Santa Cabrini, que atua na inserção de reeducandos no mercado de trabalho, estão trabalhando em condições insalubres na estação de tratamento de água do Rio Guandu. Funcionários passaram mal ao manusear carvão ativado, sendo que um deles desmaiou. A função dos trabalhadores na estatal é adicionar o carvão ativado em uma máquina que faz a mistura da substância na água. No entanto, de acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saneamento e Meio Ambiente do Rio (Sintsama-RJ), Humberto Lemos, a Cedae explorou a condição dos trabalhadores como terceirizados e reeducandos para inseri-los em condições insalubres de trabalho. "Estão usando essas pessoas para, 'na mão', colocar o carvão em um saco de 25 kg. Os trabalhadores, conveniados e terceirizados, estão sem material de proteção, expostos. Estão usando o trabalhador como uma peça qualquer", denuncia o presidente da Sintsama-RJ. Lemos também alerta para a baixa qualidade da água que a Cedae tem distribuído em bairros do Rio. Na semana passada, a companhia se tornou alvo de inquérito por um possível descarte irregular de resíduos do sistema de tratamento de sua estação no Rio Guandu. "Essa água tá de péssima qualidade. Quem pode, compra água mineral, e quem não pode, pessoal da comunidade e da baixada fluminense, como faz? Nós só vamos tomar posição quando houver óbito?", questionou o sindicalista. Confira: [video width="640" height="352" mp4="https://cdn.revistaforum.com.br/wp-content/uploads/2020/01/whatsapp-video-2020-01-27-at-08.21.59.mp4"][/video]