Tribunal julga suspensão de diretos políticos de Crivella por seis anos

Prefeito pode ficar inelegível até 2026 por prometer a fiéis vantagens em serviços da públicos e realizar comício para funcionários da administração

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
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O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) decide nesta nesta segunda-feira (21) se o prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos), deve perder os direitos políticos por seis anos. O julgamento está agendado para às 15h.

Se for condenado, Crivella ficará inelegível e impedido de se candidatar até 2026. A punição foi solicitada pelo Ministério Público Eleitoral, que aponta o envolvimento do prefeito em dois eventos irregulares, realizados em 2018.

O primeiro caso, conhecido como "Fala com a Márcia", é uma reunião com lideranças evangélicas, realizada na sede da prefeitura, em que Crivella foi flagrado prometendo vantagens aos fiéis em serviços da administração municipal. O prefeito é bispo da Igreja Universal do Reino de Deus e sobrinho de seu líder, o bispo Edir Macedo.

Outro evento irregular é um comício na quadra da escola de samba Estácio de Sá para apresentar candidatos a servidores da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), incluindo seu filho. O julgamento é baseado em um pedido do PSOL, feito em 2018.

A defesa de Crivella alega que investigações conduzidas pela Câmara Municipal não apontaram irregularidades e que os casos são referentes a eleição de 2018, em que o prefeito "sequer foi candidato".