Troque arroz por macarrão, sugere presidente da associação de supermercados

Cereal foi um dos produtos com maior aumento no ano, segundo IBGE; governo vai zerar imposto de importação

Prateleira de macarrão em supermercado (Foto Divulgação)
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O arroz está caro? Comam macarrão. É com essa sugestão a la Maria Antonieta, a rainha  francesa, que os supermercados aconselham o brasileiro a driblar a alta do preço do cereal.

E a sugestão será tema de campanha, segundo disse nesta quarta-feira (9) o presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Sanzovo Neto.

"Vamos promover o consumo de massa, macarrão, que é o substituto do arroz. E vamos orientar o consumidor que não estoque (arroz)", disse ele, depois de se reunir com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em Brasília, exatamente para falar sobre o aumento dos preços dos produtos da cesta básica para os consumidores.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, também nesta quarta-feira, que leite longa vida (22,99%), arroz (19,25%) e óleo de soja (18,63%) foram os alimentos cujas altas mais se destacaram no ano. Fora isso, o feijão, que compõe com o arroz o prato básico do brasileiro, também subiu, 12,12% no ano no caso do carioquinha.

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Incomodado com a repercussão dos aumentos dos alimentos, Bolsonaro chegou a pedir “patriotismo” aos donos de supermercados e que reduzam a margem de lucro nesses produtos para quase zero. O presidente da Abras disse a jornalistas que explicou ao presidente que o setor “já está fazendo isso”. “Sempre fizemos isso nos produtos essenciais.”

Para tentar reduzir o preço do arroz, o governo resolveu zerar a alíquota de importação de dois tipos do cereal até o final do ano.