Ativistas de esquerda que usam as plataformas digitais como ferramenta de trabalho, tiveram as suas contas suspensas pelo Twitter no 7 de Setembro, quando iriam disputar a narrativa dos atos com os grupos bolsonaristas.
Claudia Gibril, do Coletivo Estrela, revela que ao descobrirem que dois perfis de seu grupo tinham sido suspensos, também começaram a ser notificados de que outras contas de esquerda também tinham sido derrubadas pela plataforma.
"Eles fazem ativismo conosco e também perderam as suas contas e tentamos buscar entender o que se passava, quando fomos fazer o recurso no Twitter não havia uma razão, e nós cumprimos sempre as normas”, critica Gibril.
De acordo com a ativista, as contas que foram derrubadas cumprem as normas, não utilizam palavras inadequadas e “nenhum tipo de ferramenta que não esteja dentro das regras".
Uma das respostas enviadas pelo Twitter aos administradores das contas é que o bloqueio se deu por conta de spam (publicação em massa), porém, Claudia afirma que é estranha tal alegação, visto que as contas afetadas não praticam spam e nem utilizam robôs.
A militante também não acredita em coincidência - 7 de Setembro - e que pode ter acontecido uma denúncia em massa dos perfiz derrubados.
"É muito estranho que num momento histórico como este, onde as redes sociais e no caso do Brasil principalmente, o Twitter tenha ganho um espaço de suma importância nas disputas eleitorais, as nossas arrobas sejam suspensas pelo próprio Twitter sem uma razão clara. É censura, uma intenção obvia de nos calar", critica Gibril.
Neste momento, os grupos e militantes que tiveram as suas respectivas contas suspensas estão organizando uma ação coletiva e tentado o diálogo com o Twitter.
Os perfis derrubados pelo Twitter são: @leocosts, @jesusalima, @forabolsonarob, @zeluizoficial, @Pandora, @ArticulaRedes, @RolicaRebelde, @estrelacoletivo, @estrelatuita, @Maritelivre, @VermelhaSim, @IneditaBrasil, @conexaopetista e @PtMaria13.