Aliado de Bolsonaro, Orbán faz pressão e Uefa proíbe símbolo LGBT em estádio

O governo alemão pretendia iluminar o estádio em Munique com as cores do arco-íris na partida entre Alemanha e Hungria; o primeiro-ministro húngaro fez pressão e a Liga não permitiu

Foto: PixaBay
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Durante a partida entre Hungria e Alemanha, a prefeitura de Munique, atendendo uma reivindicação do movimento LGBT, ia iluminar o estádio com as cores da bandeira LGBT. O ato seria uma resposta à perseguição promovida pelo primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán às LGBT de seu país.

Porém, ao tomar conhecimento, o primeiro-ministro da Hungria pressionou os cartolas da Uefa para que proibissem a iluminação do estádio com as cores do arco-íris e deu certo: a direção do campeonato não permitiu.

Em sua alegação, a Uefa afirmou que o evento esportivo "não pode ser politizado" e ofereceu outras datas para que a iluminação com as cores do símbolo do movimento LGBT fosse utilizado. Os governos da França e da Alemanha lamentaram a decisão da Uefa.

O objetivo da prefeitura de Munique, mas também do governo da Alemanha era criticar o governo de Orbán, que na semana passada aprovou uma lei que associa as LGBT ao crime da pedofilia e proibiu qualquer tipo de material com referencial não heterossexual nas escolas e na publicidade.

O parlamento da Hungria aprovou na última terça-feira (16) uma lei que proíbe livros, literários e didáticos, que tenham conteúdo LGBT ou que versem sobre identidade de gênero. Além disso, a lei aprovada proíbe palestra escolares sobre questões LGBT.

A base de apoio ao governo fundamentalista e de extrema direita do primeiro-ministro Viktor Orbán, colocou como justificativa no texto da lei que se trata de “combater o crime de pedofilia”.

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