Uma semana após banir Trump, Twitter classifica link de Bolsonaro como "spam ou inseguro"

Poucos dias após ser expulso da rede social, Trump foi alvo de um processo de impeachment na Câmara dos EUA; no Brasil, cresce pressão pelo impedimento de Bolsonaro

Bolsonaro e Trump (Foto: Alan Santos/PR)
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O Twitter ligou o alerta contra Jair Bolsonaro e classificou, nesta sexta-feira (15), um link postado pelo presidente como "potencialmente spam ou inseguro".

Na postagem em questão, feita também nesta quinta-feira, Bolsonaro divulga um vídeo do jornalista Alexandre Garcia defendendo o "tratamento precoce" contra a Covid-19 e deixa o link de um suposto estudo que endossaria sua tese que não encontra respaldo científico. Desde o início da pandemia, o presidente defende que as pessoas, pro precaução ou no início dos sintomas de Covid-19, usem substâncias como a cloroquina, o que vai contra as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS).

"Estudos clínicos demonstram que o tratamento precoce da Covid, com antimaláricos, podem reduzir a progressão da doença, prevenir a hospitalização e estão associados à redução da mortalidade", escreveu Bolsonaro na legenda da publicação.

Ao clicar no link, entretanto, o internauta se depara com um aviso do Twitter: "Atenção, este link pode ser inseguro".

Reprodução/Twitter

Twitter e impeachment

Coincidência ou não, o Twitter ligou o alerta contra a publicação de Jair Bolsonaro exatamente uma semana após decidir banir permanentemente o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por incitar protestos violentos e divulgar fake news.

Poucos dias após a "expulsão" da rede social, Trump foi alvo da abertura de um processo de impeachment por parte da Câmara dos EUA.

No Brasil, a palavra impeachment entrou com força no vocabulário dos políticos e da população e cresce o clamor por um impedimento de Bolsonaro, principalmente por conta do atraso da vacinação contra a Covid-19 no país, o aumento exponencial do número de casos e mortes causadas pela doença e o colapso de saúde observado em Manaus (AM).

Pressionado, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tem mais de 50 pedidos de impeachment contra Bolsonaro em sua gaveta.