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O histórico jornal britânico fez duras críticas à tentativa de afastamento da presidenta Dilma Rousseff e alertou para o fato de que o processo pode fazer com que "a ação anticorrupção desapareça". O maior jornal do mundo, The New York Times, também dedicou editorial ao tema destacando que impeachment é conduzido por políticos corruptos
Por Redação
Dois dos principais jornais do mundo, o norte-americano The New York Times e o britânico The Guardian, publicaram na noite desta segunda-feira (18) editoriais sobre o processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff no Brasil.
Com duras críticas ao processo aprovado neste domingo (17) na Câmara dos Deputados, o editorial do The Guardian classificou o impeachment de Dilma como "uma tragédia e um escândalo" e destacou que "nada ainda é muito claro no Brasil, exceto que o país vai sofrer as consequências deste impeachment por muito tempo".
"Longe de ajudar a resolver a polarização política e social no Brasil, o impeachment tem exarcebado o problema", diz o texto, que destaca que o afastamento de Dilma "pode fazer com que a ação anticorrupção no país desapareça".
Já o The New York Times, com um texto mais factual, não deixou de destacar que as chamadas pedaladas fiscais foram apenas um pretexto usado pelos opositores da presidenta para derrubá-la e chamou atenção para o fato de que a maior parte daqueles que querem seu impeachment são corruptos.
"Muitos dos legisladores que conduzem seu impeachment são acusados de crimes mais graves do que ela. Este é um ponto válido", escreveram.