Universal ameaça romper com Bolsonaro por causa da crise em Angola

O motivo da crise entre o governo e IURD foi a inanição do Palácio do Planalto frente à expulsão dos pastores do país africano

Edir Macedo e Bolsonaro durante visita do presidente ao Templo de Salomão, da Universal (Foto Alan Santos/PR)
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pode perder um importante aliado: a Igreja Universal do Reino de Deus. Edir Macedo já teria enviado recados ao presidente que pode desembarcar do governo e levar consigo congressistas do Republicano. O motivo para tal ruptura é que o líder religioso alega que o governo federal não interveio para favorecer a igreja com a crise em Angola.

Reportagem exibida pela TV Record entrevistou o empresário evangélico Renato Cardoso, responsável pela Universal no Brasil e genro de Edir Macedo. Segundo o site Poder 360, nessa reportagem Cardoso falou em "decepção" e apontou "omissão" por parte do governo Bolsonaro no caso envolvendo conflitos sobre a permanência de pastores da Igreja Universal em Angola.

O estopim para um provável divórcio da IURD com o governo foi a alegada inação das autoridades brasileiras à ordem de deportação de 34 brasileiros de Angola. A medida foi imposta depois que a instituição religiosa disse ter identificado comportamento impróprio de angolanos e afastado essas pessoas do comando da Igreja Universal do Reino de Deus no país africano.

Edir Macedo perde controle da Igreja Universal em Angola

O governo de Angola divulgou um ofício que confirma o bispo angolano Valente Bezerra Luís como o novo representante da Igreja Universal no país.

A decisão foi tomada no dia 17 de dezembro, após o governo angolano reconhecer a decisão de uma assembleia da Universal realizada em 24 de junho, quando os bispos locais anunciaram o rompimento com a matriz brasileira e elegeram Bezerra como novo líder.