Usuários estão consumindo cada vez mais conteúdos de canais fascistas no Youtube, diz estudo

Pesquisadores da UFMG e da Escola Politécnica Federal de Lausanne (EPFL), na Suíça, também identificaram que os algoritmos do YouTube facilitam a busca por conteúdos da extrema-direita

Foto: Reprodução
Escrito en MÍDIA el
Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Escola Politécnica Federal de Lausanne (EPFL), na Suíça, identificaram que há um movimento no YouTube de crescimento de audiência em canais de extrema-direita. O mesmo público que antes consumia um conteúdo mais "brando", como o de personalidades famosas da direita, acadêmicos e "pensadores" conservadores - classficiados como "dark web intelectual" - agora interagem com canais fascistas e extremistas. Se você curte o jornalismo da Fórum clique aqui. Em breve, você terá novidades que vão te colocar numa rede em que ninguém solta a mão de ninguém Para verificar se este fluxo realmente estava acontecendo, pesquisadores analisaram 79 milhões de comentários de 33.849 vídeos tirados de 360 canais, e descobriram que todos os de conteúdos extremistas tiveram um enorme crescimento de atividade nos últimos quatro anos. Segundo o estudo, em 2018, cerca de 40% de todos os comentaristas da “alt-right” - extrema-direita fascista - tinham, nos anos anteriores, comentado exclusivamente em vídeos feitos pela “alt-lite” e “DWI", a direita conservadora. A equipe também observou o sistema de recomendação do YouTube, e descobriu que os conteúdos fascistas eram “muito fácil de encontrar” por consumidores de conteúdo menos extremo, mas apontaram que isso pode não replicar recomendações pessoais. Conforme aponta uma reportagem da Vice, um dos porta-vozes do YouTube disse que a empresa está trabalhando para melhorar seus “algoritmos de busca e descoberta” e “que discordam da metodologia, dados e, mais importante, das conclusões feitas nessa pesquisa. No entanto, o Youtube não abordou a maior parte do estudo, focando apenas na parte que aborda recomendações de canais.