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O assalto ao Batalhão de infantaria de Selva de Gran Sabana por cinco desertores do exército venezuelano, quando roubaram 120 fuzis e 9 lança-foguetes, deixando um militar morto, era parte de um novo plano para desestabilizar o governo Nicolás Maduro.
Segundo informações do jornal O Globo desta terça-feira (31), o plano era promover um levante em três bases militares na véspera do Natal. Por isso, o nome original da operação era Trilogia, e incluía ações no estado de Bolívar, na fronteira com o Brasil, em algum ponto marítimo e em um terceiro local próximo da Colômbia.
Após fracassarem na missão, os cinco militares entraram em solo brasileiro, foram capturados pelo Exército e pediram refúgio ao governo Jair Bolsonaro. Antes de serem pegos pelas Forças Armadas do Brasil, os cinco soldados passaram alguns dias escondidos na comunidade indígena Taurepang, em Roraima.
Em princípio, o ministério da Defesa brasileiro emitiu nota dizendo que os militares haviam sido encontrados durante uma patrulha na região. No entanto, o Exército brasileiro teria sido acionado pelos indígenas. O governo Bolsonaro então começou uma conversa direta com os desertores, enquanto era alertado pela chancelaria venezuelana dos militares que planejavam o novo levante contra Maduro.
Agora, os desertores estão em Boa Vista, esperando tramitação do pedido de refúgio ao governo brasileiro, que decidiu não entregar os soldados à Venezuela, como solicitado por Maduro.