Antigo líder da tropa de choque de Fernando Collor, Roberto Jefferson está cada dia mais comprometido com a defesa de outro presidente em risco de queda. O ex-deputado e condenado por corrupção no caso do mensalão afirmou nesta quarta-feira (29) que a saída de Jair Bolsonaro não será aceita por sua base de policiais e incitou uma guerra civil no país.
“Essencialmente, quem faz a base do Bolsonaro? Policial civil, policial militar, bombeiro, policial rodoviário, policial federal, militar na ativa, militar reformado”, disse. “É uma base forte e disposta a luta. É uma base de leões. Se tiver que ir para luta, vai. Se tiver que defender o chefe, esse grupo vai. Eles vão para a rua e vão defender. E nós também."
As declarações foram dadas em entrevista via internet para a jornalista Leda Nagle, que demonstrado simpatia pelo bolsonarismo. Perguntado sobre o risco de uma ocorrer guerra civil em caso de deposição de Bolsonaro, Jefferson sinalizou que sim: "e eu aposto no nosso grupo”.
O presidente nacional do PTB ainda admitiu que tem incentivado a ideia entre apoiadores do presidente que integram as forças de segurança, com discursos que misturam religião e o bicho papão do comunismo.
“Ontem eu falei em uma live em grupo fechado de policiais, policiais e agentes penitenciários, 750 mil homens e mulheres. A energia que passava, do culto à família e a Deus. Eles entendem que a família é a trincheira contra o comunismo. É a resistência contra os braços longos do comunismo chinês", afirmou Jefferson.