Vigilância da NSA violou a lei milhares de vezes

Agência Nacional de Segurança (NSA) dos EUA quebrou regras de privacidade e leis de espionagem milhares de vezes nos últimos anos, conclui uma auditoria interna de maio de 2012

Edward Snowden (Reprodução)
Escrito en MÍDIA el
Agência Nacional de Segurança (NSA) dos EUA quebrou regras de privacidade e leis de espionagem milhares de vezes nos últimos anos, conclui uma auditoria interna de maio de 2012 Por Esquerda.net [caption id="attachment_29057" align="alignright" width="360"] O diário obteve o documento através de Edward Snowden, antigo analista informático da agência, que entregou há meses vasta documentação[/caption] A Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos quebrou as regras de privacidade e as leis de espionagem milhares de vezes nos últimos anos, conclui uma auditoria interna realizada em maio de 2012 e revelada pelo jornal Washington Post esta sexta-feira. O diário obteve o documento através de Edward Snowden, antigo analista informático da agência, que entregou há meses vasta documentação. A auditoria inclui desde violações significativas da lei, como a vigilância sem autorização de cidadãos americanos e estrangeiros, até erros de digitação, que inadvertidamente conduziram à espionagem de telefones e emails – devido à troca do indicativo de Washington (202) pelo do Egito (20). A auditoria interna conta 2.776 casos de coleta não autorizada de dados nos 12 meses anteriores, que marcam um aumento do número de violações – de 546 no segundo trimestre de 2011 para 865 no primeiro trimestre de 2012. O jornal diz que o caso mais grave foi a violação de uma ordem de tribunal e o uso de dados não autorizados de 3.000 americanos e residentes permanentes nos EUA. O jornal refere também um caso em que a agência armazenou e analisou enormes quantidades de dados internacionais de um cabo de fibra óptica que atravessa os EUA. Meses mais tarde, o tribunal especial que supervisiona a espionagem (FISA) concluiu que o programa em causa violava a Constituição americana. Num comunicado enviado ao Post, a agência admite que cometeu erros, mas afirma que sempre que eles são detetados tenta corrigi-los "o mais rapidamente possível".