Wagner Moura rebate acusações de Temer: “Não fui contratado pelo MTST”

Ator divulgou uma nota sobre sua participação em vídeo que critica a Reforma da Previdência. Hoje (15), a Justiça concedeu liminar para que a campanha do governo federal sobre o assunto fosse retirada do ar.

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Ator divulgou uma nota sobre sua participação em vídeo que critica a Reforma da Previdência. Hoje (15), a Justiça concedeu liminar para que a campanha do governo federal sobre o assunto fosse retirada do ar Por Redação O site 360 divulgou um vídeo, atribuído ao Palácio do Planalto, afirmando que o ator Wagner Moura foi pago pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) para criticar a Reforma da Previdência. O ator participa de uma gravação (assista abaixo) destacando pontos que considera verdadeiros retrocessos na garantia de direitos dos cidadãos brasileiros. Em nota enviada à imprensa nesta quarta-feira (15), a assessoria do artista declarou que ele apoiou a iniciativa voluntariamente. “Wagner Moura esclarece que diferentemente do que foi dito no vídeo publicado pelo governo federal em suas redes sociais no dia 14 de março, ele não foi contratado pelo MTST para vídeo contra a proposta de reforma da previdência”, afirmou o comunicado. “Wagner participou voluntariamente da mobilização, pois ao contrario do que diz o vídeo do governo, acredita que essa reforma representa mais um enorme prejuízo aos direitos dos trabalhadores brasileiros”, continuou. Liminar A juíza federal Marciane Bonzanini, da 1a. Vara Federal de Porto Alegre, concedeu liminar na ação civil pública impetrada por um grupo de sindicatos do Rio Grande do Sul. Ela determinou que a campanha publicitária patrocinada pelo governo de Michel Temer (PMDB) em defesa da Reforma da Previdência fosse cancelada. No dia 8 de março, nove entidades sindicais protocolaram na Procuradoria da República do Rio Grande do Sul (PRRS), duas representações solicitando a investigação de atos de improbidade administrativa por parte do governo e denunciando uma violação ao direito fundamental à informação. As mesmas entidades ajuizaram uma ação civil pública, que está na 1ª Vara Federal de Porto Alegre, pedindo a suspensão. Segundo a ação, a campanha “busca tão somente angariar apoio popular a um projeto do Governo Federal – cujo teor não é divulgado nas peças – e o faz por meio da ampla e contundente divulgação de mensagens que não trazem informação alguma, senão disseminam insegurança e medo na população, ao enfatizarem que os benefícios e as aposentadorias podem deixar de ser pagos, caso a reforma proposta pelo Governo Federal não se concretize”. Assim, a juíza deferiu o pedido de tutela de urgência, determinado a imediata suspensão, em todo o território nacional, de todos os anúncios da campanha de Temer sobre a Reforma da Previdência nas diversas mídias em que vem sendo publicadas, sob pena de multa diária de 100 mil reais em caso de descumprimento. Bonzanini deu um prazo de 72 horas para o governo federal se manifestar sobre o tema.