Walmart: Trabalhadores preparam maior greve da história da empresa

Daqui a doze semanas, no dia de maior movimento comercial do ano, o “Black Friday”, trabalhadores irão montar o que pode ser a maior greve da história do gigante da distribuição

Os trabalhadores exigem melhores salários e condições de trabalho, além da contratação dos trabalhadores demitidos
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Daqui a doze semanas, no dia de maior movimento comercial do ano, o “Black Friday”, trabalhadores irão montar o que pode ser a maior greve da história do gigante da distribuição Por Esquerda.net Através de um comunicado enviado à imprensa, uma campanha ligada ao United Food & Commercial Workers Union (Sindicato dos trabalhadores da comida e do comércio), prometeu "greves maciças e protestos para o Black Friday", dia posterior à Ação de Graças. No ano passado, pararam mais de 400 trabalhadores no Black Friday, e segundo os organizadores, foi a maior greve na história da empresa de distribuição Walmart. "Estamos fortes," disse ao jornal "The Nation" um empregado de um Walmart de Maryland na sexta de manhã, depois de ter passado uma noite na cadeia com outros ativistas, onde ficaram detidos por “desobediência civil”. "Os grevistas do Black Friday vão estar de volta no Black Friday, se as coisas não mudarem até lá. E nós estamos mais fortes do que nunca". Questionado se este ano mais trabalhadores vão fazer greve do que no ano passado, a campanha disse ao jornal que as expectativas eram elevadas, mas que a organização ainda estava no início e que ainda seria muito cedo para avançar com números. [caption id="attachment_30554" align="alignright" width="360"] Os trabalhadores exigem melhores salários e condições de trabalho, além da contratação dos trabalhadores demitidos[/caption] Os trabalhadores anunciaram formalmente a greve na "sexta-feira negra" deste ano em manifestações realizadas na passada quinta-feira (5 de setembro) em quinze cidades norte-americanas. Segundo a organização, centenas de funcionários do Walmart e milhares de apoiadores participaram nessa mobilização. 109 manifestantes foram presos por “desobediência civil” em onze cidades, entre elas Baton Rouge, Dallas, Los Angeles, Chicago e Nova York. Os trabalhadores exigem melhores salários, boas condições de trabalho e contratação dos trabalhadores despedidos. No início do ano foram demitidos vários trabalhadores, que segundo o sindicato foram penalizados por participarem em protestos anteriores por melhores salários. Um funcionário e duas dessas pessoas dispensadas chegaram a ser presos em Nova York. Após irem ao escritório do Walmart na cidade para entregar a sua lista de reivindicações, os três tiveram a conduta classificada como “desordeira” pela polícia, segundo a Bloomberg. Os ativistas sindicais estipularam, em negociações anteriores, o dia 2 de setembro (Dia do Trabalho nos Estados Unidos) como data limite para serem atendidos. A rede do Walmart tem mais de 1 milhão de trabalhadores, que recebem em média 9,74 euros por hora (12,83 dólares). Os trabalhadores exigem a revisão das tabelas salariais para que alcance um mínimo anual de 18.968 euros (25 mil dólares).