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Um dos principais protagonistas de gafes e polêmicas do governo Bolsonaro, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, fez um discurso que beirou ao nonsense neste sábado (12), segundo dia do CPAC (Conservative Political Action Conference), tradicional evento conservador dos Estados Unidos que ganhou sua primeira edição brasileira, em São Paulo (SP), através de articulação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).
Em sua fala, o ministro olavista disparou contra a filósofa Marilena Chauí e chegou a associá-la ao nazismo. Para isso, Weintraub mostrou ao público um vídeo em que a acadêmica faz críticas à classe média brasileira. "Prestem atenção. Peguem o discurso dela e comparem com qualquer discurso do terceiro reich. Agora troquem a palavra 'classe média' por judeu", disparou.
O ponto alto da fala confusa do ministro, no entanto, se deu quando direcionou ataques ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Weintraub associou o tucano à AIDS para responsabilizá-lo com relação à ascensão do ex-presidente Lula. "Então você tem a doença oportunista e você tem a AIDS. Quem enfraqueceu nosso organismo foi justamente Fernando Henrique", declarou.
Façam memes
Antes de Weintraub, na sexta-feira (11), o aspirante a embaixador nos EUA, Eduardo Bolsonaro, agraciou o público com outra pérola. Ele sugeriu aos militantes de direita que não entrem em discussões políticas e, ao invés disso, façam memes.
O CPAC é financiado pelo Instituto de Inovação e Governança (Indigo), vinculado ao PSL. O Indigo recebe recursos do Fundo Partidário, ou seja, dinheiro público.
Nas poucas estandes do evento, chamaram a atenção, além da venda de camisetas de Jair Bolsonaro, livros sobre a monarquia e até mesmo um “kit antifeminismo”, composto por livro e curso em DVD ministrado pela deputada estadual Ana Caroline Campagnolo (PSL-SC).