Witzel já sabia da notícia que liga Bolsonaro ao caso Marielle e "não escondia a euforia"

Ex-aliado de Bolsonaro, o governador do Rio de Janeiro estava ansioso para a divulgação da reportagem do Jornal Nacional que liga Jair Bolsonaro à morte de Marielle Franco

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Segundo a coluna 'Radar', da Revista Veja, o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), já sabia das informações que foram reveladas pelo 'Jornal Nacional', da TV Globo, nesta terça-feira (29), indicando que o STF pode investigar um possível envolvimento do presidente Jair Bolsonaro com a morte da vereadora Marielle Franco. Witzel, que rompeu com Bolsonaro, estava ansioso para ver as informações divulgadas. "O governador do Rio, Wilson Witzel, soube com antecedência das provas colhidas pela polícia do Rio sobre o surgimento do nome do presidente na investigação do assassinato de Marielle Franco. Na semana passada, segundo um interlocutor relatou ao 'Radar', o governador não escondia a euforia com os fatos revelados nesta terça-feira pelo Jornal Nacional", diz nota publicada pela Veja. Witzel, eleito com o apoio de Jair Bolsonaro, viu a base do presidente se afastar após críticas feitas pelo governador ao ex-capitão. O ex-juiz se envolveu em uma polêmica durante as eleições do ano passado ao participar de um ato em que dois deputados do PSL romperam uma placa com o nome de Marielle. As investigações contra Bolsonaro Segundo reportagem do Jornal Nacional feita com informações da Polícia Civil do RJ, Élcio Queiroz, ex-policial militar, teria afirmado à portaria do condomínio do presidente que iria para a casa de Jair Bolsonaro, mas se dirigiu à residência de Ronnie Lessa - apontado como o autor dos disparos contra a vereadora -, que fica no mesmo condomínio. Segundo depoimento do porteiro que estava na guarita, uma pessoa identificada como “Seu Jair” autorizou a entrada de Élcio. O funcionário ainda informou que percebeu que Élcio não foi para a casa na qual informou que iria e voltou a ligar para a residência de Bolsonaro. Mais uma vez, “Seu Jair” confirmou a autorização e disse que sabia para onde iria Élcio. A visita aconteceu no dia 14 de março de 2018, data da morte de Marielle.
Segundo o JNcom a citação ao presidente da República – que tem foro privilegiado -, o caso deve ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A corte ainda não informou se irá assumir o caso.